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05/11/2019 Práticas comunitárias emergentes em áreas próximas a represas: resistência ou resiliência urbana? Observando práticas comunitárias no bairro de “Nova Esperança”, próxima ao manancial do Ipitanga, em Salvador e no “Jardim Damasceno”, próximo ao manancial da Cantareira, Vila Brasilândia, em São Paulo, identifica-se um tipo de resiliência, ainda latente, que pode ser direcionado para soluções coletivas de maior alcance. Em comum, localizam-se próximas a um sistema de represas que fornece parte significativa da água potável para sua respectiva metrópole, o que exigiria altas restrições de contato por parte dos moradores para evitar o risco de contaminação. Em Nova Esperança, uma forte associação comunitária preserva parte do território ocupado para funções de interesse coletivo, enquanto moradores de Vila Brasilândia se reúnem em um espaço cultural da comunidade, focalizando iniciativas de transição para uma vida mais sustentável. São casos permeados pela exclusão e impactos socioambientais recorrentes que suscitaram ações criativas para garantir sua sobrevivência. A extrema proximidade das casas, as dificuldades do território e a falta de infraestrutura promovem insalubridade, somados ao trauma social inerente a essas populações, violando o “direito à cidade”. Vale observar a rede de apoio que se desenvolve no cotidiano entre as pessoas desses lugares: relações de vizinhança, proteção mútua, respeito e solidariedade, junto à uma organização local que dialoga com outros agentes. Por um lado, demonstram uma espécie de resiliência latente, por outro lado, certa resistência a lacunas do planejamento urbano. O método desenvolvido para análise dessas práticas considera categorias capazes de diferenciar caminhos de resistência criativa e de resiliência, de forma a reconhecer o lugar dessas práticas no campo da transformação urbana, buscando compreender sua capacidade de superar desafios. Conclui-se que ações interdisciplinares de assistência técnica às comunidades são requeridas para mediar planos de desenvolvimento local por meio da cogestão, visando a melhoria da questão ambiental urbana de cidades como Salvador. Gestão da Água, Resiliência Urbana HELIANA FARIA METTIG ROCHA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Ler
05/11/2019 UTILIZAÇÃO DE PLANTAS NO COMBATE A RISCOS AMBIENTAIS NO CONTEXTO URBANO O objetivo deste estudo foi compilar um modelo de planejamento envolvendo critérios, procedimentos e espécies de plantas, de modo a subsidiar sua utilização para o combate a riscos ambientais no contexto urbano, abrangendo, especificamente, os tópicos de (i) estabilização de encostas, (ii) combate a enchentes, (iii) controle climático e (iv) potencialização de valores culturais. A área de estudo foi o município de Salvador, Estado da Bahia, especificamente o conjunto proposto de áreas protegidas no entorno da Pedra de Xangô, formado por oito bairros densamente habitados. A utilização de plantas, ou “solução verde”, foi abordada para cada cenário gerado e seus riscos associados (deslizamentos, enchentes, ilhas de calor e perda de valor cultural). Os critérios de seleção, bem como o levantamento das espécies foram obtidos a partir de consulta a literatura específica (artigos científicos e manuais técnicos de arborização urbana), como também a especialistas das áreas de urbanismo e defesa civil. Entre os resultados alcançados e usáveis, está um catálogo de espécies, separadas por cada tipo de risco e associação por cenário, sendo possível a aplicação para gestores, técnicos ou mesmo integrantes das comunidades, além de critérios, técnicas e conjuntos de espécies a serem utilizados em cada um dos riscos avaliados. O Catálogo de espécies vegetais aqui apresentado surge como uma importante ferramenta facilmente aplicável pela gestão pública, a ser utilizado no amortecimento dos impactos associados às mudanças climáticas nas zonas urbanas. Áreas Verdes, Resiliência Urbana Lucas Assumpção Lolis Universidade Federal da Bahia Ler
04/11/2019 SITUAÇÕES DE RISCO E AÇÕES DE RESILIÊNCIA NA CIDADE DE SALVADOR-BAHIA: uma análise sobre desabamentos de imóveis, deslizamentos de terra e alagamentos O presente artigo é parte de uma tese de doutorado desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal da Bahia. Teve por objetivo apresentar algumas considerações acerca de importantes situações de risco que ocorrem na cidade de Salvador-Bahia, os desabamentos de imóveis, deslizamentos de terra e alagamentos, bem como, de ações de resiliência frente a esta temática. Metodologicamente, trata-se do mapeamento, em escala de detalhe, das três situações de risco e de um sucessivo mapa síntese ao qual é sobreposto o mapeamento das ações de resiliência. Conclui-se que o padrão de distribuição espacial do conjunto de riscos é concentrado e relacionado às características físicas da cidade e ao processo de urbanização comandada por diferentes lógicas de produção do espaço. Por sua vez, as ações de resiliência possuem uma aderência em relação aos locais com os maiores níveis de concentração de ocorrências de situações de risco, sendo portanto, uma ação do Estado a ser mantida e ampliada. Eventos Extremos, Resiliência Urbana Erika do Carmo Cerqueira Universidade Federal da Bahia Ler
04/11/2019 Urbetopia: sistema teórico-conceitual e metodológico para intervenções sustentáveis em áreas precárias. Estudo de caso: Baixinha de Santo Antônio, São Gonçalo do Retiro A proposta urbanística para a Baixinha de Santo Antônio, São Gonçalo do Retiro, Salvador, Bahia, aporta um sistema teórico-conceitual e metodológico para intervenção em áreas precárias, lastreado nos conceitos de sustentabilidade, resiliência e desenvolvimento socioeconômico inclusivo, sintetizado no termo Urbetopia. Tratando-se de proposta que envolve diversos planos - urbanístico e setoriais -, muitas proposições, em torno dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS - ONU), são preconizadas. Destaca-se o papel do espaço como elemento inspirador da reinvenção e da transformação plausível, como indutor de relações sociais resilientes e como suporte ao desenvolvimento inclusivo estruturado a partir das expressões culturais da comunidade. Ante à significativa ocorrência de áreas precárias em Salvador e à concentração populacional que estas abarcam, os avanços nas concepções para intervenções são necessários e carecem da concretização de projetos pilotos. Inovação para Sustentabilidade, Resiliência Urbana Luisa Gondim dos Santos Pereira Universidade Federal da Bahia Ler
04/11/2019 IPTU FOME ZERO NAS ESCOLAS: ESTÍMULO A DIMINUIÇÃO DE RESÍDUOS E DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECONÔMICO NA REGIÃO METROPOLITANA DO MUNICÍPIO DE SALVADOR/BA O objetivo deste trabalho é identificar o cenário da fome no mundo, compreendendo a prejudicialidade do atual modelo econômico para o desenvolvimento sustentável, podendo ser revertido com programas de incentivo fiscal para reaproveitamento de alimentos. Diante disso, propõe-se a análise da economia circular, de forma a se efetivar o reaproveitamento de resíduos sólidos, em especial os alimentos ainda em condição de consumo a serem doados para entidades de caridade. Propõe-se no presente artigo, após a análise qualitativa e aplicação da abordagem do método hipotético dedutivo, a criação de um incentivo fiscal para o IPTU do Município de Salvador/Ba, denominado de IPTU Fome Zero nas Escolas, com o intuito de que haja incentivo aos empresários titulares de centro de distribuição para doarem alimentos consumíveis às creches e escolas primárias públicas municipais. Além da redução da carga tributária a título de IPTU, haveria, diminuição dos custos de acondicionamento dos resíduos sólidos para a prefeitura, bem como favorecimento do desenvolvimento econômico e social das crianças contempladas com a nova merenda. Resiliência Urbana larissa peixoto valente UFBA Ler
04/11/2019 USO DO SENSORIAMENTO REMOTO COMO FERRAMENTA PARA IDENTIFICAÇÃO DE ILHAS DE CALOR E APRIMORAMENTO DE POLÍTICAS DE PLANEJAMENTO URBANO EM SALVADOR/BA A cidade de Salvador em sua história recente enfrentou um acelerado crescimento populacional, que proporcionou a ocupação dos espaços com moradias de forma complexa e desordenada. Como resultado, uma série de consequências surgiram a partir da alteração do uso do solo, dentre elas a alteração do microclima local e formação de ilhas de calor. Frente as características da cidade, este trabalho buscou investigar a temperatura terrestre de Salvador através de ferramentas de sensoriamento remoto, correlacionando-as com informações urbanísticas e ambientais espacializadas, para que assim fossem discutidas propostas para melhoria da qualidade de vida da população e áreas prioritárias para ações de combate às ilhas de calor. Áreas Verdes, Resiliência Urbana Lucas Souza Caldas Lordelo Temis Projetos de Meio Ambiente e Sustentabilidade Ler
01/11/2019 RESILIÊNCIA CLIMÁTICA URBANA: o que pesquisar para Salvador? Não obstante o termo "resiliência" ser bastante utilizado em várias áreas do conhecimento, somente recentemente ele foi incorporado ao vocabulário das ações necessárias ao enfrentamento das mudanças climáticas. Desta forma, o objetivo deste trabalho é identificar como a resiliência climática urbana vem sendo investigada em trabalhos científicos do Brasil e do exterior, a fim de poder colaborar com a construção de uma agenda de pesquisa para a cidade de Salvador. Para tanto, foi utilizada uma revisão sistemática da literatura, em bases de dados nacionais e internacionais. Além de verificar-se que as pesquisas realizadas no Brasil sobre as temáticas abordadas ainda são escassas, concluiu-se que as investigações voltadas para Salvador devem incorporar o aspecto da vulnerabilidade e realizá-las de maneira alinhada ao planejamento urbano. Somente assim será possível construir propostas de resiliência para Salvador que estejam alinhadas com as visões mais modernas até agora existentes. Resiliência Urbana Isadora Corbacho Durães Universidade Federal da Bahia Ler
01/11/2019 PLANMOB SALVADOR: Uma experiência inovadora de planejamento de mobilidade urbana sustentável Salvador, capital do Estado da Bahia, é a quarta cidade do Brasil em população, com cerca de 3 milhões de habitantes, e que apresenta uma das situações mais críticas e desafiadoras de mobilidade urbana do país. Essa condição, aliada a exigência da Lei de Mobilidade Urbana para que os municípios acima de 20.000 habitantes elaborem seu Plano de Mobilidade, determinaram a realização do PlanMob Salvador. O objetivo desse trabalho é apresentar o PlanMob Salvador - Plano de Mobilidade Urbana Sustentável de Salvador, onde se destacam como inovações, além do seu conteúdo e processo metodológico, a ampla participação social na sua elaboração, além de resultados já alcançados no transporte ativo, no transporte coletivo e em segurança viária. Pretende-se que as estratégias, diretrizes e propostas nele contidas contribuam para alterar, significativamente, a desigualdade socioespacial existente na cidade, dentro de um cenário otimista de desenvolvimento urbano, ambiental e social, a médio e longo prazos. Mobilidade, Resiliência Urbana Diogo Pereira Pires Ferreira Universidade Federal da Bahia (UFBA), C40 Cities Climate Leadership Group e Secretaria Municipal de Salvador (SEMOB) Ler
24/10/2019 Infraestrutura ecológica urbana: A importância da cobertura vegetal no controle de inundações e movimentos de massa em Salvador/Bahia, Brasil. A cidade de Salvador presenciou um rápido crescimento populacional nas últimas cinco décadas, passando de pouco mais de 250.000 mil habitantes em 1950 para cerca de 2,9 milhões em 2017, o que foi determinante para o estabelecimento de uma série de problemas ambientais relacionados diretamente à diminuição da cobertura vegetal. Dentre os mais significativos, destacam-se os movimentos de massa e as inundações, por colocarem em risco, sucessivamente ao longo dos anos, a vida e o patrimônio de centenas de pessoas, principalmente aquelas que se encontram em situação social menos favorecida. Diante de um quadro de vulnerabilidade vigente e do reconhecido papel que as áreas verdes desempenham no tecido urbano, este trabalho procurou estabelecer a correlação existente entre a cobertura vegetal remanescente e as ocorrências registradas dos movimentos de massa e inundações, mostrando a relação desses eventos com o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M). Dentre os resultados encontrados, pôde-se verificar que o baixo controle da ocupação e uso do solo por parte da Prefeitura Municipal (notadamente nos bairros que apresentam os menores IDH-M) foi responsável pelo surgimento de centenas de áreas consideradas como de risco, onde se concentram a maioria dos eventos pertinentes aos movimentos de massa e inundações. O número de ocorrências e sua intensidade são menores ou inexistentes nos bairros onde estão localizados os maiores remanescentes florestais, assim como naqueles em que a infraestrutura ecológica foi substituída por outras de alvenaria ou concreto, mas com elevados custos para os cofres públicos. Áreas Verdes, Resiliência Urbana Ricardo Augusto Souza Machado Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS Ler
18/10/2019 REDUÇÃO DA POBREZA ENERGÉTICA NA BAHIA: Lições para Salvador de dois Condominios Populares em Juazeiro O presente trabalho tem como objetivo analisar o Programa de Geração de Renda e Energia, autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica em dois condomínios populares em Juazeiro - Bahia. O método utilizado é qualitativo, aplicado, descritivo e exploratório. Foi realizada extensa pesquisa bibliográfica, além de 18 entrevistas com especialistas, agentes do setor elétrico e representantes dos condomínios. Foram distribuídos questionários à todos os moradores para compreender os hábitos energéticos nos condomínios e a situação vivenciada ao longo da execução do programa. Para a análise dos dados, utilizou-se o método de triangulação. Nos resultados, analisam-se a situação atual, bem como cinco diferentes oportunidades de adequação do sistema dos condomínios à legislação vigente. Conclui-se que o projeto poderia ser ajustado para melhor atender as necessidades dos condomínios e seus habitantes, garantindo melhores sinergias positivas para otimizar os investimento em energia renovável e programas de erradicação da pobreza no Brasil e, em particular, no estado da Bahia e cidade de Salvador. Energias Renováveis e Eficiência Energética, Resiliência Urbana FELIPE BARROCO FONTES CUNHA Universidade Federal da Bahia Ler